Mais uma aventura noturna

Um post rapidinho, só pra atualizar como anda a minha vida com os celulares...
Mais uma viagem noturna, e mais uma experiência a bordo que só posso definir como bizarra.
Tudo começou já de forma atrapalhada: tinha uma moça sentada no meu lugar, carregando uma caixa com um animado cachorrinho. Enquanto esperava a garota que embarcava os passageiros acabar sua tarefa para poder resolver a minha questão de assento ocupado, observei que vários ex-presidiários estavam embarcando. Fiquei já imaginando como a viagem seria animada...
Problema do assento resolvido (a errada era a moça do cachorrinho), durante a primeira meia hora da viagem houve um pouco de tumulto a bordo, com os egressos do presídio fazendo um pouco de algazarra, como eu previra. Para minha surpresa, entretanto, logo ficaram quietinhos e dormiram. Fiz o mesmo, pensando que enfim a humanidade tinha salvação.
Estava enganada... O ônibus estava um pouco atrasado e, quando faltava ainda cerca de uma hora para chegar em São Paulo, começo a ouvir um som inacreditável: o hino do Corinthians, com aquela introdução tradicional e depois o coro masculino cantando "Salve o Corinthians etc."
Sim, era um celular. Em alto volume. Com sinal ruim. A ligação caiu 2 vezes, então ouvimos mais 2 vezes o hino tocando dentro do ônibus silencioso. E cada vez que a ligação falhava, o dono do aparelho deixava tocar mais um pouco a música, talvez esperando que o sinal ficasse mais forte se a música tocasse por mais tempo!
Pareceu-me que em momento nenhum ele sequer pensou em alternar o celular para o modo silencioso.
Os ex-presidiários, que eu preconceituosamente tinha imaginado que não me deixariam dormir, tinham ficado ali quietinhos, dormindo e esperando a chegada em São Paulo.
E assim acordamos todos, naquela madrugada, ao som do hino do Corinthians, por causa de um mauricinho inconveniente que resolveu que podia acordar a todos com seu celular sem noção.

Comentários

  1. É as vezes achamos uma coisa e é justamente outra, né? (rss)

    Gosto de ler o que escreve. Beijos!

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